O que é mais importante, a teoria ou a experiência prática?
Normalmente, cada um ressalta o que tem sobrando e minimiza o que esta faltando, mas vamos falar em valores. A teoria vale quatro reais por hora ou cerca de R$600,00 por mês. É o que um estagiário com ótimo currículo acadêmico vai começar ganhando quando entrar em uma grande empresa.
Já a experiência prática vale só um pouquinho mais: seis reais por hora. São os casos de mecânicos ou assistentes administrativos que estão fazendo o mesmo trabalho há dez anos e ganham mais ou menos R$800,00 por mês.
Pontanto, isoladamente, tanto a teoria quanto a experiência têm valor de mercado não muito alentador. Somente juntando as duas coisas é que o valor sobe.
Mas existe certo mal-entendido quanto ao que seja experiência. Muita gente traduz experiência como tempo na função, ou tempo de casa, o que não é bem verdade. Tempo é a matéria-prima mais abundante no mercado de trabalho. Tempo é o que qualquer um tem de sobra para oferecer. Por isso, de acordo com a velha lei da oferta e da procura, o tempo vale pouco – legalmente, um salário mínimo por mês.
Nas empresas, a experiência é medida por resultados. Quem passa anos e anos fazendo sempre a mesma coisa não adquire experiência. Adquire mofo. Experiência mesmo é a transformação do conhecimento em resultados práticos para a empresa. E o consequente reconhecimento desse mérito.
Por isso, uma regrinha do mercado de trabalho diz que o importante é não criar mofo. E isso é fácil de medir. Se uma pessoa está há três anos na mesma função e ainda não aconteceu nada, isso é um razoável sinal de que nada vai acontecer nos próximos três.
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