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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

De onde vem as boas ideias?


Elas normalmente surgem da colisão entre dois palpites menores, que formam juntos algo maior e inovador.

Quando perguntado sobre qual seria o perfil ideal do jovem executivo, respondi sem pestanejar: "o generalista". Senti que meu interlocutor torceu o nariz e o mesmo questionou: por que então se fala tanto do apagão de especialistas no mercado profissional brasileiro?
O motivo da minha resposta está dentro de um contexto com o qual concordo fortemente, proposto pelo escritor americano Steven Johnson, autor do livro Where good ideas come from – The natural history of innovation. De acordo com Johnson, as boas ideias normalmente surgem da colisão entre dois palpites menores, que formam juntos algo maior e inovador.
Dito isto, lanço a seguinte questão: como formar profissionais generalistas ou provocar a criação de ideias, se decidirmos seguir à risca a teoria da administração de que as empresas devem ser departamentalizadas dentro de uma cadeia produtiva? 
Fiquei louco ou megalomaníaco a ponto de questionar conceitos super consolidados da administração? Não. Só estou lançando um "palpite lento" e tentando provocar uma boa ideia. Deixemos de ser caretas e levar tudo ao pé da letra. É claro que é necessária a divisão por departamentos em um negócio, mas daí levantar baias, fechar portas,  impedir o processo inovador de um negócio e doutrinar erroneamente seus profissionais é outra história.
Quando me refiro ao executivo generalista, não estou defendendo a ideia de um profissional que não domina alguma disciplina profundamente, mas sim ao que busca transitar em todas as áreas da empresa absorvendo o que de melhor elas têm para ensiná-lo, e também disseminando seus conceitos sobre sua área de origem.
Caso sua empresa não tenha definido um sistema oficial de troca de idéias (ou "palpites", como Johnson preferiu nomear), crie você mesmo seu próprio sistema para influenciar os demais, pois a inovação vai de dentro para fora. Ou, você acha que o rabo é que deve balançar o cachorro?
Aprenda como se comunicar melhor e passar seus palpites adiante, mas também se condicione para não ser egoísta, a ponto de não ouvir ou valorizar os palpites alheios. Atuando nessa mão dupla, todos nós contribuiremos para uma sociedade mais inovadora e criativa.
Outro importante cuidado que devemos tomar para que nossas empresas sejam cenários de colisão de palpites complementares é o de NÃO nos preocuparmos com quem será credenciado como dono da ideia. Esse preciosismo pode prejudicar um suposto sistema inovador de uma organização.
Como driblar isso? Com os líderes da empresa provocando no dia-a-dia um processo de feedback constante, onde os funcionários sintam-se sempre vistos e avaliados, não aguardando a primeira chance para aparecer mais que os demais.
Com isso, aqui vai um novo palpite: existe sim uma conexão entre feedback e inovação. Quando propomos que haja uma colisão destes dois palpites (inovação + feedback), estamos criando um novo conceito, uma nova abordagem, uma nova e boa ideia. Como (e se) ela irá se desdobrar em práticas úteis depende de quem estiver lendo este texto.
A conclusão é: Assuma riscos, provoque colisões, para então alcançar ideias inovadoras. Que me desculpe a verde-rosa, mas atrás de quem colide palpites só não vai quem já morreu. 
Por: Rafael Meneses: sócio-gerente da Asap - consultoria de recrutamento e seleção de executivos – e lidera o escritório carioca.

Fonte: Revista RH

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